Segundo dados
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), nos últimos 10 anos foram fechada 37.776 escolas rurais no país.
É urgente a
discussão em torno desta constatação, visto que as perspectivas para o campo
Brasileiro não são nada positivas para quem mora no campo e envolve a urbanização
dos pouco mais de 15% da população que ainda resiste no campo. Desta forma a
problemática do inchaço nas grandes cidades e a favelização urbana se tornam
mais evidentes e este fato nos chama à reflexão sobre o caminho que nossa
sociedade está tomando.
Fatores como a
perda da identidade campesina, perda das técnicas ancestrais de produção de
alimento e da genética das sementes são alguns exemplos frutos da implantação
do agronegócio no meio rural.
Campo com
menos povo, nucleação das escolas, menos gastos, maior produção mono cultural, “desenvolvimento”
(maior geração de capital) são os propósitos do atual sistema educacional,
junto com os sistemas econômicos e políticos em todas as esferas. Conseqüentemente,
mais cursos técnicos, limitantes à criatividade e à expressão cultural de cada
povo em particular, direcionando a mão-de-obra ao que o mercado está exigindo
no momento.
O professor da
Universidade Federal do Pará (UFPA) Salomão Hage, diz que a associação
de desenvolvimento ao meio urbano é usada pela justificar o fechamento das
escolas no meio rural.
Acompanhemos
sua entrevista de 23 de janeiro dada à página do MST, onde ele contextualiza a
situação atual das escolas e do povo do campo.